Reforma administrativa deve retirar estabilidade de novos servidores concursados, diz Bolsonaro.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, dia 02 de novembro de 2019, que está quase tudo pronto para a apresentação da reforma administrativa ao Congresso e que o governo estuda mudar a estabilidade dos novos servidores públicos.


“A ideia é daqui para frente, para os futuros concursados não teria estabilidade, essa é a ideia que está sendo estudada”, disse ao deixar o Palácio da Alvorada.

De acordo com o presidente, para algumas carreiras típicas de Estado, entretanto, esse direito seria preservado.

“Eu não posso formar, por exemplo, um sargento ou um capitão das forças especiais e depois mandar ele embora. Tem que ter formação específica para aquela atividade, bem como outras dos servidores civis.”


Atualmente, os servidores públicos estatutários têm direito à estabilidade no cargo após três anos de atividade.

Na próxima semana, Bolsonaro pretende ir ao Congresso entregar novos projetos para serem analisados pelos deputados e senadores. Ele não detalhou, entretanto, qual reforma será apresentada primeiro.


“A que for menos difícil tem que ir na frente. O ministro da Economia Paulo Guedes gostaria que as três (previdenciária, administrativa e tributária) já tivessem aprovadas”, disse.


Um novo pacto federativo com estados e municípios também é prioridade para o governo e deve ser proposto em breve.

As medidas do governo para simplificação da máquina pública e desregulamentação do ambiente de negócios, segundo Bolsonaro, objetivam o aquecimento da economia e a geração de empregos.


“Quem cria emprego é a iniciativa privada e, para tal, quem produz tem que ter menos burocracia. Temos que botar de forma mais competitiva nos portos produtos para exportação”, disse.

A diminuição da carga tributária também está no radar do Ministério da Economia, segundo o presidente, mas não deve ser feita de uma hora para outra.

“Essa reforma tributária é muito importante. O que encarece no Brasil são os impostos. Vou apelar aos governadores, se for possível, sei que vivem apertados, para que diminuíssem essa média de 30% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no combustível, cria mais emprego, se consome mais o que é nosso aqui dentro. Por isso que o etanol de fora é competitivo, lá fora quase não tem imposto”, disse, lembrando que parte do etanol consumido no Brasil é importada.


Fonte: Agência Brasil.

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