PIB brasileiro cresce 1,2% no 1º trimestre e atinge nível pré-pandemia

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o quarto trimestre de 2020. O resultado da atividade econômica foi divulgado nesta terça-feira, dia 1º de junho de 2021, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


“Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014”, registrou o IBGE.


Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,048 trilhões. Os principais destaques no período foram registrados na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e no setor de serviços (0,4%).

Na agropecuária, a alta foi puxada pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, sobretudo a soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano. Já na atividade industrial, o maior avanço veio das indústrias extrativas (3,2%). O único resultado negativo foi das indústrias de transformação (-0,5%). Nos serviços, que contribuem com 73% do PIB, houve resultados positivos em transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1,0%). Outros serviços ficaram estáveis (0,1%).


“Mesmo com a segunda onda da pandemia da Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferentemente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, avalia a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.


Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1%. No acumulado dos quatro trimestres, terminados em março de 2021, o PIB caiu 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2020, a economia brasileira teve queda de 4,1%, o maior recuo anual da série iniciada em 1996.

Investimentos e consumo das famílias:

Pela ótica da despesa, os investimentos tiveram alta de 4,6%, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias (-0,1%) e a Despesa de Consumo do Governo (-0,8%) apresentaram variações negativas em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Segundo o IBGE, o aumento da inflação pesou, principalmente, no consumo de alimentos ao longo desse período. Além disso, o mercado de trabalho segue desaquecido, e houve redução nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2020.

Projeção para o ano:

A estimativa oficial do Ministério da Economia é de expansão de 3,5% do PIB em 2021, mas o ministro Paulo Guedes afirmou ao colunista do Metrópoles, Igor Gadelha, que a pasta deve rever para cima, agora em julho, a projeção de crescimento.


“Todo o setor privado tem revisado o PIB para cima, o ministério deve rever agora também; também acredito que deva ser para cima, e as reformas vão prosseguir”, disse Guedes.

“O Brasil é o único país do mundo que tem feito reformas estruturantes em meio à pandemia. Pelo terceiro ano seguido, vamos surpreender”, emendou o ministro, sem antecipar números.


Nas últimas semanas, bancos e instituições financeiras passaram a anunciar novas projeções para o PIB de 2021. O Itaú Unibanco, por exemplo, elevou a previsão de crescimento de 4% para 5%. Já a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve, nessa segunda-feira (31/5), a previsão de crescimento de 3,7% para o Brasil, mas apontou que o país deverá crescer menos do que a média mundial.

Por Flávia Said – Metrópoles.


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