Pesquisa do SEBRAE aponta que 67% dos pequenos negócios da Bahia foram impactados pela pandemia da Covid-19

Uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) aponta que 67,4% dos pequenos negócios baianos já registraram queda no volume de vendas durante a pandemia do coronavírus.

Na Bahia, até a manhã desta sexta-feira, dia 17 de abril de 2020, o número de infectados pela Covid-19 passava de 960, com 36 mortes.

Com a pandemia, algumas pessoas perderam o emprego, o que diminui o poder de compra da população. Além disso, foi necessário o isolamento social, e muita gente precisou inovar ou suspender os negócios temporariamente. Situações como essas acabaram impactando no faturamento dos pequenos negócios.

A Bahia possui quase 540 mil empreendedores individuais. Desses, 528 empresários foram ouvidos na pesquisa. Ainda de acordo com o Serviço, em todo o Brasil, foram ouvidos 9,1 mil empresários.

O objetivo da pesquisa, segundo o SEBRAE, foi identificar os principais impactos da crise do coronavírus nos pequenos negócios e como os empresários estão se mobilizando para enfrentar a crise.

A gerente de gestão estratégica do SEBRAE Bahia, Isabel Ribeiro, destacou o papel do Serviço para os empresários e deu dicas para que eles consigam driblar a crise.


“O SEBRAE está investindo fortemente no atendimento remoto, com lives, com consultoria online, flexibilizando a prestação do serviço, sem a contrapartida do cliente, porque o SEBRAE reconhece o papel dela dele nesse momento. No momento de crise é que a gente tem que repensar pontos dos empreendimentos que encerraram suas atividades pela questão do isolamento social. Muitos se reinventaram ou estão fazendo entrega online ou trabalhando home office. Nesse momento é importante criar, evitar dívidas no Serasa e criar conta bancária da pessoa jurídica”, explica.


Sobre a questão financeira, Isabel detalhou sobre o financiamento da pessoa com conta jurídica.


“Ele [empreendedor] confunde, ele usa o cartão de crédito pessoal dele ao invés de abrir uma conta bancária da pessoa jurídica e paga juros elevadíssimos no cartão pessoal, quando pode acessar o crédito mais barato e com longo prazo, usando a sua conta de pessoa jurídica. Ele precisa usar a ‘bancalização’ ao seu favor”, detalhou.


Isabel ainda falou sobre o fundo do SEBRAE voltado às pequenas empresas.


“Cinquenta por cento do recurso arrecadado pelo sistema SEBRAE vai ser para um fundo garantidor para as pequenas empresas que procurarem acessar o crédito. Os bancos estão se organizando para facilitar esse acesso ao crédito. O empreendedor vai ter o SEBRAE como o fundo garantidor, uma espécie de avalista, um avalista que não só vai emprestar o aval, a garantia para que ele tome um empréstimo, como esse aval vai ser ofertado com uma série de capacitação para qualificar esse empreendedor para buscar este recurso junto aos bancos”, explica.


Fonte: TV Bahia

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