Homem assume participação na morte de congolês e se apresenta à polícia: ‘Ninguém queria tirar a vida dele’, diz

Um homem que afirma ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês Moïse Kabamgabe, na Barra da Tijuca, foi levado no início da tarde desta terça-feira, dia 1º de fevereiro de 2022, para a Delegacia de Homicídios do Rio. Ele foi identificado como Alisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos. Inicialmente ele se apresentou na 34ª DP (Bangu) e depois foi conduzido para a DH que fica na Barra da Tijuca.

Em outro vídeo, Alisson afirma que a morte não foi motivada porque a vítima era negra ou “porque alguém devia a ele”.



“Eu sou um dos envolvidos na morte do congolês. Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele. Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e infelizmente aconteceu a fatalidade dele perder a vida”, disse Alisson.

Homem assume que participou das agressões que mataram congolês | Foto: Reprodução/g1 Rio e TV Globo


Ele também afirma que junto com outro envolvido no espancamento tentaram prestar socorro, pede desculpas à família de Moïse e diz que iria se entregar. Mais tarde, a polícia divulgou o vídeo que mostra o espancamento do congolês no quiosque. As imagens mostram que as agressões começam depois de uma discussão entre um homem que segura um pedaço de pau e o congolês, que mexe em objetos do quiosque como uma cadeira, um refrigerador e um cabo de vassoura.

Depois que Moïse solta os objetos, se aproximam mais dois homens. Na sequência começa a sessão de agressões. Em vários momentos é possível ver que o congolês não oferecia resistência enquanto levava golpes com um pedaço de madeira. O congolês foi espancado até a morte depois de cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na orla da Barra, na Zona Oeste, segundo a deputada estadual Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque. Moïse apanhou de mais de um agressor que, segundo testemunhas, usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida. Os parentes só souberam da morte na manhã de terça-feira (25), quase 12 horas após o crime. A vítima era torcedor do Flamengo (VEJA AQUI)

Moïse Kabamgabe, morto após cobrar diárias atrasadas em um quiosque na Barra da Tijuca — Foto: Reprodução/ TV Globo
Advogados do quiosque Tropicália chegam à Delegacia de Homicídios — Foto: Henrique Coelho/g1

Por Lívia Torres, g1 Rio e TV Globo



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