Guerra de garrafas entre partidários de candidatos tomou conta da principal avenida de Ribeira do Pombal/BA

Uma guerra de garrafas tomou conta da principal avenida de Ribeira do Pombal, cidade localizada no nordeste da Bahia, no último fim de semana. Centenas de partidários dos candidatos Eriksson (PSD), apoiado pelo atual prefeito Ricardo Maia (PSD) e Nay de Zé Grilo (Progressistas) se encontraram na Avenida Oliveira Brito, conhecida como Passarela do Álcool e arremessaram garrafas uns contra os outros. No total, segundo estimativas não oficiais, dez pessoas ficaram feridas.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram que os objetos eram arremessados para cima.


“Parecia uma chuva de garrafas. Eu mesmo levei uma na cabeça, mas felizmente não houve corte”, disse o auditor ambiental Rodrigo Matos, de 32 anos.


Ele faz parte de um dos grupos políticos e estava no local com amigos, como o engenheiro Ricardo Macedo, de 28 anos, que teve a canela cortada por estilhaços de vidro.


“Foi uma coisa horrível. Não esperávamos isso. São pessoas conhecidas, amigos de uma cidade pequena que estavam se agredindo desse jeito, colocando a vida de crianças e idosos em risco”, desabafou Ricardo.


Não é possível afirmar quem começou o confronto. Segundo testemunhas, os grupos bebiam em bares diferentes da Passarela do Álcool desde o meio-dia da sexta-feira, dia 23 de outubro de 2020, e se encontraram durante dois momentos: a primeira vez, às 18h30min, com ofensas verbais sendo deferidas e, depois, às 21 horas, com o que veio a se tornar a chuva de garrafas.

Um dia depois do ato, o juiz eleitoral Paulo Henrique Santos Santana proibiu a realização de qualquer ato presencial de campanha em Ribeira do Pombal e na vizinha Banzaê. Isso fez com que o grupo político de Nay de Zé Grilo cancelasse um evento que iria realizar no domingo (dia 25), no distrito Vila Rodrigues, conhecido como Barrocão.

Mesmo assim, pessoas foram para o local, como os jovens Ricardo Macedo e Rodrigo Matos. A Polícia Militar da Bahia (PM-BA), no entanto, interveio e moradores acusaram os policiais de terem jogado spray de pimenta para dispersá-los.


“Nessa hora tinha gente dos dois lados políticos, mas sem confusão. Muitas crianças e idosos passaram mal”, disse Ricardo.


Em nota, a PM negou ter usado o spray de pimenta. Disse que uma guarnição flagrou uma aglomeração de veículos e pessoas, de cunho político, descumprindo a determinação judicial.


“Ao passarem pela multidão, os policiais militares foram hostilizados com vaias e palavras de baixo calão pelo público presente. A PM iniciou a negociação com alguns líderes do grupo para o encerramento do evento, porém, como não houve sucesso, foi necessário o uso escalonado da força para dispersar as pessoas, sem utilizar spray de pimenta”, afirmaram.


Imagens que foram compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que policiais jogam um spray nas pessoas, que logo depois começam a tossir e lacrimejar.

Assista ao vídeo:

Daniel Aloísio Especial para o Estadão Conteúdo, em Salvador (BA)

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