Expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 3 meses em 2019, diz IBGE

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou em 2019. O sofá ficou pequeno para o tamanho da família. São três almofadas para cinco gerações, já contando com a Júlia que acabou de chegar.


“Quatro meses! Está sendo muito gostoso tudo isso”, disse Michelle Kiffer Chaves, de 34 anos.


Ela é tão, mas tão novinha que nem teve tempo de entrar nessa última pesquisa divulgada pelo IBGE na quinta-feira, dia 26 de novembro de 2020.

Um levantamento que mostra que a expectativa de vida no Brasil aumentou no intervalo de um ano: quem nasceu em 2019 vai viver, em média, 76 anos e seis meses, três meses a mais do que quem nasceu em 2018. A expectativa de vida entre os homens também aumentou cerca de três meses e agora é de pouco mais de 73 anos. Mas das mulheres, que é bem maior que a dos homens, já passa de 80 anos.

Segundo o IBGE, essa diferença entre homens e mulheres está diretamente relacionada à violência. Entre 20 e 24 anos, homens têm 4,6 vezes mais risco de morrer do que mulheres, principalmente de mortes não naturais, como homicídios e acidentes. Santa Catarina é o estado brasileiro onde a longevidade é maior. No Maranhão, ela é a menor.

Outra notícia boa é que a taxa de mortalidade infantil caiu no intervalo de um ano. Em 2018, a probabilidade de um bebê não completar um ano de vida era de 12,4 para cada mil nascimentos; em 2019 caiu para 11,9. Apesar da queda, especialistas consideram que essa taxa deveria ser ainda menor.


“Cuba tem quatro por mil, Japão tem três por mil. Seria só mortalidade por questões congênitas. Ainda tem espaço para reduzir essa mortalidade”, disse Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Ipea.


Em 1940, quando a bisavó da Júlia, Maria Antônia, tinha 8 anos de idade, a mortalidade infantil no Brasil era alarmante: a cada mil nascimentos, 146 crianças morriam antes de completar um ano de vida. Entre as crianças de até 5 anos, a taxa era ainda maior, mas, ao longo dos anos, também caiu drasticamente.

Políticas de saúde pública, campanhas de vacinação em massa, aumento na renda, na escolaridade, saneamento básico, o IBGE lista uma série de razões para o cenário ter melhorado tanto nas últimas oito décadas. Com esses avanços, hoje o brasileiro vive 31 anos a mais do que na década de 40, quando a expectativa de vida média no Brasil mal passava dos 45 anos.


“Existe muito mais recurso hoje do que antigamente. Hoje em dia a mulherada de 58, 60 está querendo se cuidar. Muita gente não me dá 58 anos”, diz a empreendedora Susana Kiffer Chaves.


Há 80 anos, a bisavó viu uma guerra mundial. Agora, os netos estão vendo uma pandemia. Michelle só descobriu que estava com Covid na sala de parto, mas Júlia nasceu sem nenhum problema. Hoje está todo mundo bem. Os planos da família são de muita vida pela frente.


“Eu desejo o que é bom, tudo que é bom para a Julinha”, disse a bisavó da Júlia.

“Dizem que quando você é avó é maior do que quando você é mãe. E quando você é bisa deve ser imensurável. Só sentindo para ter essa noção”, afirmou Michelle, a mãe de Júlia.


Por Jornal Nacional

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