PSB ainda não foi chamado a discutir substituição de Wagner por Otto, diz Bebeto

Foto: Agência Câmara

O vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão, afirma que seu partido, o PSB, ainda não foi chamado para dialogar sobre a possível substituição do senador Jaques Wagner (PT) pelo também senador Otto Alencar (PP) na cabeça da chapa majoritária governista. Sem anúncio oficial, a mudança foi cravada pelo noticiário baiano, indicando a candidatura do governador Rui Costa (PT) ao Senado.

Num regime democrático, segundo Bebeto, é natural que a imprensa apure e divulgue informações sobre o processo político, mas a indicação de Otto como candidato ao Governo da Bahia deve ser tratada no campo das possibilidades.



“O fato dessa possibilidade, eu tô dizendo porque não foi noticiado oficialmente, nem nós, enquanto partido, fomos chamados para conversa. Mas esse fato, como possibilidade que se aventa, de uma alteração do nome de Wagner para o de Otto, se isso se consolidar, mais do que qualquer crise, representa uma riqueza de lideranças no mesmo projeto, ao ponto de nós nos darmos ao luxo de promover alteração de um nome importante como o do Wagner por um nome tão importante quanto o do Otto”, declarou Galvão ao PIMENTA na sexta-feira, dia 25 de fevereiro de 2022.



Ex-deputado federal e suplente de Wagner no Senado, o vice-prefeito de Ilhéus avalia que todo o trabalho dos partidos da base consolidou a pré-candidatura de Wagner ao governo e, nas pesquisas eleitorais, a trajetória do ex-governador era de alta. Por isso, em entrevista recente, defendeu a manutenção do petista no páreo. Ao PIMENTA, Bebeto também exaltou o nome de Otto, a quem atribui papel de expressão nacional na política.

O teodolito…

Engenheiro agrônomo, o vice-governador João Leão (PP) usou a imagem do teodolito para ilustrar como enxerga o papel do trio PP, PSD e PT na aliança baiana.



“Nós temos o tripé. A política da Bahia do nosso lado representa como se fosse um teodolito, aquele instrumento que você olha e vê longe. Ele tem três pés. Um é o PT, outro é o PSD e outro é o PP. Se nós tirarmos um dos pés, obviamente o teodolito cai e não funciona”, disse Leão ao Bahia Notícias em julho de 2021.



A metáfora do teodolito também serviu à reflexão de Bebeto, na entrevista ao PIMENTA, sobre a contribuição dos demais partidos da base, inclusive o PSB, para as vitórias eleitorais e o desempenho das gestões petistas na Bahia.

Além de PT, PSD, PP e PSB, a base reúne Avante e PCdoB. Caso a possibilidade da candidatura de Otto se concretize, segundo Bebeto, a mudança terá que ser discutida com todos os partidos aliados.



“Se isso, veja, estou colocando tudo no campo das possibilidades, porque não tem nada oficializado, o que temos é especulação. Se isso ocorre, nós vamos ter que discutir a composição da chapa. Na minha opinião, os partidos todos devem ser chamados. Se havia o chamado teodolito, mas o teodolito não se sustenta sozinho se ele não tiver um lastro e se o terreno for íngreme. Ou seja, se o terreno for desnivelado, o teodolito não se põe de pé”, disse o político.



…e o caminhão de abóboras:

Bebeto também minimizou o impacto da possível, e hoje provável mudança na composição da chapa para as chances de vitória da candidatura governista. Segundo ele, o assunto tem sido tratado como cataclismo político da Bahia, mas seria melhor ilustrado como a dinâmica de abóboras transportadas na carroceria de um caminhão.



“Se o nosso grupo estiver unido, mesmo que ocorra qualquer mudança, com os debates que vão ocorrer internamente, os debates são do processo. Eu faço uma analogia com o caminhão de abóboras. Há turbulência na estrada, mas as abóboras vão se acomodando no caminhar da estrada”, completou Bebeto.



Fonte: Pimenta Blog



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