Exoneração de Milton Ribeiro repercute no Congresso; saiba o que se disse no meio político

Deputados e senadores se manifestaram após o anúncio da exoneração do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em razão do escândalo motivado por uma gravação na qual ele diz repassar verbas do ministério para municípios indicados por dois pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Saiba o que os parlamentares disseram nas redes sociais:

  • Alessandro Vieira, senador (PSDB-SE)

“Os péssimos resultados do MEC e as denúncias de corrupção levam a um comentário curto sobre a exoneração do ministro: já vai tarde! E um registro essencial: as investigações precisam seguir, para identificar a extensão do esquema e evitar novos crimes contra a educação pública.”


  • André Janones, deputado federal (Avante-MG) e pré-candidato a presidente da República

“Não há o que comemorar na queda do ministro da Educação, pois o mesmo presidente indicará outro nome para manter o mesmo modus operandi.”


  • Ciro Gomes (PDT), pré-candidato a presidente da República

“Bolsonaro – que colocaria a cara no fogo por Milton Ribeiro – vai enfiar onde o pedido de demissão do ministro? Aceita? Recusa? Vai permitir apuração isenta? Será que alguém dorme tranquilo hoje no Alvorada ou vai morrer de medo daquelas chamas de que tanto falam as escrituras?”


  • Felipe Rigoni (União Brasil-ES)

“A queda de Milton Ribeiro é reflexo do abandono que a educação brasileira vem sofrendo. Em menos de 4 anos, teremos a quarta mudança no comando do MEC. Enquanto a educação não for prioridade, o futuro de muitos jovens será comprometido. Chega de politicagem!”


  • Gleisi Hoffmann, deputada (PT), presidente nacional do PT

“Demorou, mas Milton Ribeiro sai após escândalo com verbas do MEC regado à propina, ouro e pastores bolsonaristas e o ensino jogado na lata do lixo em anos de desmonte. É a pá de cal no discurso anticorrupção. Vamos derrotar esse homem seja no grito #ForaBolsonaro e nas urnas.”


  • Jandira Feghali, deputada (PCdoB)

“A preocupação de Bolsonaro nunca foi com a Educação, mas em favorecer seus aliados. Educação é instrumento de cidadania e esperança por um futuro melhor. Vamos para o QUINTO ministro, que sai sob um escândalo. Enquanto não mudar o presidente, ainda haverá crime contra a Educação.”


  • Jean Paul Prates, senador (PT-RN)

“Caiu o ministro pelo qual o presidente disse que colocava a cara no fogo! Milton Ribeiro vai responder a inquéritos da PF e STF. Bolsonaro vai colocar a cara no fogo?”


  • Joice Hasselmann, deputada (PSDB-SP)

“Relembro que um dos pastores envolvidos no escândalo é da Assembléia de Deus e foi recebido 20 vezes no Palácio do Planalto em 2019. Cai o ministro, mas não necessariamente o esquema.”


  • Leila Barros, senadora (sem partido-DF)

“O ministro Milton Ribeiro pediu exoneração, mas ele ainda deve explicações. Prefeitos revelaram um esquema para liberar verba do FNDE em troca de ouro, dinheiro vivo e até bíblias. Ele também deve esclarecer a participação do presidente na indicação dos pastores.”


  • Luiz do Carmo, senador (MDB-GO)

“Parabéns Ministro @mribeiroMEC. O pedido de exoneração ao @jairbolsonaro só prova que é um homem honesto, ético e com grandes virtudes. A justiça será feita e ficará provado sua inocência e que tudo não passou de perseguição política. O Sr tem meu respeito.”


  • Luiz Felipe D’Avila (Novo), pré-candidato a presidente da República

“O afastamento do agora ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, já veio tarde – devia ter sido demitido quando vazaram os áudios. É uma vergonha transformar a educação brasileira em moeda de troca e o MEC num balcão de negócios.”


  • Marcelo Freixo, deputado (PSB-RJ)

“O pedido de demissão apresentado pelo ministro Milton Ribeiro não encerra os escândalos de corrupção no Ministério da Educação. Afinal, o próprio ministro afirmou que agiu sob orientação de Jair Bolsonaro. O envolvimento do presidente no esquema tem que ser esclarecido.”


  • Marcelo Castro, senador (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação do Senado

“Milton Ribeiro era o quarto ministro da Educação, do governo Bolsonaro. Uma pasta tão importante, talvez a mais importante do governo, tem sido alvo de denúncias gravíssimas, de repasses irregulares de verbas do ministério. É lamentável que, enquanto a educação brasileira padece, o ministério não esteja em evidência na mídia por projetos de relevância para os nossos estudantes e, sim, por suspeitas de corrupção. A Comissão de Educação do Senado vai prosseguir com a apuração das denúncias. A audiência para ouvir Milton Ribeiro está mantida, na quinta-feira, às 9h15.”


  • Marcelo Ramos, deputado (PSD-AM) e vice-presidente da Câmara

“Milton Ribeiro caiu. Isso não resolve. 1.Ele tem que responder pelos crimes que cometeu; 2.Todos os criminosos envolvidos na “venda” de recursos do devem ser punidos; 3. A influência do presidente Bolsonaro no esquema deve ser investigada; 4. Os danos à Educação são irreparáveis!”


  • Professor Israel Batista, deputado (PV-DF) e presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação

“O presidente Bolsonaro, na live da semana passada, disse que colocaria a “cara no fogo” pelo ministro Milton Ribeiro mesmo depois das gravíssimas denúncias. Hoje, o ministro pede o afastamento do cargo. O que mudou de lá para cá? Nós já entendemos as articulações e o modus operandi no MEC, e sabemos que não virá algo melhor para o comando da pasta. Sem dúvida, a saída é um respiro e um sinal de vitória não só da bancada da educação no Congresso, mas da sociedade civil estarrecida com as denúncias dos últimos dias. No MEC, eles têm podido muito, mas não podem tudo!”


  • PSDB

“O governo Bolsonaro já tem mais de 3 anos e foram 3 ministros da Educação. Todos ficaram célebres por se dedicar pouco ao tema da Pasta e muito mais a brigas, ajuda indevida a grupos políticos, e divulgar todo tipo de declarações desastradas, autoritárias, ou preconceituosas.”


  • Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

“Caiu MAIS UM Ministro da Educação. Vem aí o 5º ministro da pasta, o que comprova que a destruição da Educação é um PROJETO deles. Milton Ribeiro saiu depois da descoberta de desvios de dinheiro público no MEC, das denúncias de corrupção passiva e tráfico de influência.”


  • Sâmia Bomfim, deputada (PSOL-SP)

“Milton Ribeiro caiu! Tem que responder por seus crimes. É uma vitória para quem defende o Brasil e a educação pública. Ainda assim, sabemos que Bolsonaro sempre pode apresentar um nome ainda pior, temos que seguir a luta pela queda e enfraquecimento desse governo de criminosos.”


  • Sergio Moro, pré-candidato a presidente pelo Podemos:

“Mais um Ministro da Educação que se vai e ainda não sabemos qual é a política educacional do governo. Em nosso projeto, o foco do MEC será o Ensino Fundamental e a Alfabetização. Apesar da saída, as denúncias sobre a propina cobrada por intermediadores para a liberação de verbas do MEC precisam ser rigorosamente apuradas. Até o momento, só vi a imprensa trabalhando.”


  • Tabata Amaral, deputada federal (PSB)

“Mais um ministro caiu deixando um rastro de incompetência, corrupção e retrocessos no MEC. A máxima do governo Bolsonaro é a de que nada é tão ruim que não possa piorar e aprendemos isso da pior forma. Não vamos desistir da educação e a resposta tem que vir este ano nas urnas!”


Por Gustavo Garcia e Luiz Felipe Barbiéri, g1 — Brasília



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